Uma paciente com insuficiência cardíaca grave, que aguardava por um transplante de coração, recebeu o órgão no dia 25 de agosto. Ela foi inserida na lista de espera da Central Estadual de Transplantes no dia 11 de agosto e, em 14 dias, foi submetida ao procedimento. Com isso, Santa Catarina zerou a fila de espera por transplantes de coração.
Santa Catarina realizou 57 transplantes cardíacos desde o ano 2000. Somente em 2023, foram feitos cinco transplantes. O tempo de espera médio varia de acordo com o tipo sanguíneo do receptor. De acordo com a Central, 30% dos pacientes foram transplantados com menos de um mês de espera; 33% aguardaram menos de 90 dias; e, para o restante, a espera foi um período maior.
Quando acontece a doação, o primeiro passo é verificar se os pacientes do estado que estão na fila de espera são compatíveis com aquele órgão. Se não forem, o órgão é enviado para os pacientes de estados próximos, como Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo.
O órgão precisa ser retirado do doador e transplantado no receptor em até quatro horas. Em Santa Catarina, helicópteros e outras aeronaves do Governo do Estado ficam à disposição para transporte dos órgãos. O estado, pela 14ª vez nos últimos 18 anos, está na liderança do ranking nacional de doadores de órgãos para transplantes. “O sucesso da política estadual de captação e transplantes de órgãos é, sim, resultado de muito esforço, de muito trabalho, e a cada ano vem se consolidando. Essa política pública do Sistema Único de Saúde realmente faz a diferença em nosso país. Além disso, a solidariedade dos catarinenses é a nossa maior marca. Gratidão a todos os familiares que praticaram o gesto da doação”, destaca a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto.
Conforme o coordenador da SC Transplantes, Joel de Andrade, os critérios para o transplante são os seguintes: “O primeiro critério utilizado é o grupo sanguíneo. Na prática, acabam sendo formadas quatro listas de espera: grupo A, B, AB e O. Dentro destes subgrupos, os dados biométricos como peso e altura passam a ser analisados. O tempo em lista de espera é outro fator computado para desempate entre pacientes no mesmo patamar de gravidade. Por fim, condições clínicas que incluem o choque cardiogênico podem determinar a prioridade do receptor sobre os demais em lista, resultando em uma colocação no topo de lista”.
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