Ao todo, 49 pessoas foram resgatadas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) após serem traficadas e submetidas a condições de trabalho análogas à escravidão. Os trabalhadores foram encontrados em alojamentos de três propriedades de cultivo de maçã, em São Joaquim, na Serra catarinense. Além de viverem em locais insalubres, eles afirmam que precisaram pagar para comer, dormir nos espaços e também se deslocar ao local de serviço. Até o momento, nenhum responsável foi preso.
De acordo com as autoridades, o grupo de pessoas veio de Caxias, no Maranhão, intermediado por um aliciador conhecido como 'gato'. Conforme repassado pelo MPT, eles desembolsaram R$650 pela passagem de ônibus até Santa Catarina. Os profissionais que não tinham o valor todo aceitaram que fosse descontado depois do dinheiro correspondente aos dias trabalhados.
Em São Joaquim, cada um pagou R$200 pelo colchão fornecido, valor que foi somado com R$120 pelo aluguel das casas. Segundo os fiscais do trabalho, eles ainda tinham despesa de R$140 pela alimentação e R$60 pela carne. Vale destacar que em nenhum dos três alojamentos havia espaço adequado para depositar a comida. Portanto, o alimento ficava no chão com os demais produtos.
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).