Vigilância Sanitária realiza campanha de combate a caramujo - Jornal Cruzeiro do Vale

Seu José de Lara mora há 22 anos no bairro Vila Nova, em Ilhota. Há cerca de dois convive com um problema em todos os verões: centenas de caramujos africanos invadem a rua e a cerca de sua casa. O aposentado de 72 anos faz a sua parte e tenta sempre manter o seu terreno limpo e sem entulhos.

Estes dois procedimentos evitam em 80% a proliferação dos caramujos africanos, segundo o fiscal de vigilância sanitária, Fleibiz da Silva. "O que estamos aconselhando a população a fazer é exatamente isto, não acumular entulhos nos terrenos e deixá-los sempre limpos. É importante também que os proprietários de terrenos baldios, sempre rocem estes espaços para que este caramujo não se prolifere".

As agentes de saúde estão mapeando as áreas infectadas no município. Nas casas, elas mostram fotos do caramujo africano e informam como se prevenir. "Quando eu encontro estes caramujos, eu coloco uma luva ou uma sacola plástica nas mãos, pego cada um deles, coloco dentro de uma caixa vazia e amasso. Depois cavo um buraco de 50cm de profundidade e os enterro lá dentro. Sempre que possível também coloco um pouco de cal em cima", conta seu José.

Fleibiz acredita que até o final da próxima semana o mapeamento já tenha sido terminado. "Nos pontos que já sabemos da contaminação, estamos colocando veneno para evitar a proliferação". Mais informações podem ser obtidas através do telefone 3343-1249.

Dados
São parcialmente arborícolas, escalam muros e edificações;

• São hermafroditas (possuem sistema reprodutor feminino e masculino) e se auto-fecundam;
•  Desovam de 27 a 356 ovos uma vez ao ano, durante cinco anos, que é o tempo médio de vida desses animais;
• O período de incubação é de cerca 15 dias;
• A maturidade sexual é alcançada no final do primeiro ano de vida;
• Cada animal pode gerar milhares de descendentes;